quarta-feira, 2 de maio de 2012

Contra a pobreza

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, afirmou ontem que a redução da pobreza e da desigualdade social no país vem sendo sustentada pelo êxito de sua economia. Mas, apesar dos êxitos, será muito difícil superar a pobreza extrema sem que sejam aprovadas, no Congresso Nacional, as reformas necessárias à manutenção do desenvolvimento, entre elas a tributária e a agrária.
 
O economista participou do seminário Desenvolvimento Sustentável, preparatório para a Rio+20, no Palácio da Cidade, no Rio. Ele ressaltou a importância da implementação de políticas de transferência de renda, mas lembrou que existem ainda hoje, no país, cerca de 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza — o que significa que vivem com apenas R$ 72 por mês, ou o equivalente a R$ 2 por dia.
 
“A estrutura fundiária do Brasil é hoje pior do que em 1920. Atualmente, 40 mil proprietários rurais concentram 50% das áreas agricultáveis do país. Também é preciso acabar com essa lógica perversa que impera no país, em que os mais pobres são exatamente os que pagam mais impostos”, denunciou.

Fonte: Correio Braziliense

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