quinta-feira, 10 de maio de 2012

Réu no Conselho de Ética

Por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado aprovou ontem a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que poderá resultar na cassação de seu mandato. Mas Demóstenes ainda tem garantidos pelo menos mais dois meses de mandato. Mesmo com a negativa do conselho em atender ao pedido de mais dez dias de prazo para a defesa, a tramitação do processo deverá se arrastar até meados de julho, quando está previsto o julgamento final em plenário, antes do início do recesso parlamentar, dia 17.
 
O resultado no conselho, 15 votos a zero, não é garantia de derrota para Demóstenes no plenário. Como o voto é secreto, o resultado da votação no plenário de um provável pedido de cassação é imprevisível. E o histórico da Casa também é favorável: até hoje, apenas um senador teve seu mandato cassado, Luiz Estevão (DF).
 
Demóstenes, que não compareceu à sessão, será processado com base nas alegações do relator do caso, senador Humberto Costa (PT-PE), de que o senador goiano pôs o mandato a serviço do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
 
- Vamos torcer para que seja o mais rápido possível, pois, quando se trata de cortar na carne, se não for rápido, a dor se torna insuportável. Para todos nós, colegas senadores, é muito desagradável. A ideia é concluir todo o processo antes do recesso parlamentar, marcado para 17 de julho – afirmou o presidente do conselho, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

Fonte: Congresso em Foco

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