quinta-feira, 24 de maio de 2012

Opção por Rands passaria por um acordo com PSB

 PT x PT

Executiva petista estaria decidida a intervir para preservar a aliança com Eduardo Campos, que preferiria o nome de Rands

Christiane Samarco
Agência Estado

BRASÍLIA – A Executiva Nacional do PT está decidida a intervir no diretório municipal do Recife para preservar a aliança com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A ação é um capítulo negociado do apoio do PSB paulista ao candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Para atender Campos no Recife, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para garantir a candidatura do preferido do governador no PT pernambucano, deputado e secretário estadual de Governo, Maurício Rands.
 
Rands perdeu para o atual prefeito João da Costa (PT) a disputa interna para definir o candidato petista à Prefeitura do Recife, mas houve acusações de fraude e o resultado da prévia no domingo não foi reconhecido pelo PT. Hoje, a cúpula dará a palavra final e a expectativa dos pernambucanos é a de que a prévia seja anulada e Rands seja indicado pela direção do partido.
 
“Esse resultado do fim de semana está bichado. Rands não perdeu a prévia”, disse ontem o senador Humberto Costa (PT-PE), argumentando que “mais de 1.500 pessoas votaram irregularmente” e o prefeito venceu por uma diferença de apenas 553 votos. “A tendência é anular a prévia e reconhecer Rands como candidato, a partir do resultado da auditoria determinada pela própria Executiva nacional”, aposta o ex-prefeito e deputado João Paulo (PT-PE), adversário de seu sucessor.
 
Humberto Costa e João Paulo são os maiores apoiadores de Rands no PT. Com a sinalização positiva da frente de partidos que compõem a aliança com o PT, a dupla passou o dia de ontem articulando em favor do amigo com dirigentes petistas. Eles também apostam na irritação da direção nacional com o recurso judicial de João da Costa.
 
A Executiva Nacional havia determinado a contagem em separado dos votos que estavam sob questionamento e o prefeito derrubou a determinação, com uma liminar na Justiça. Dizem seus opositores que, com isso, ele quebrou uma “regra de ouro” do PT, de não “judicializar” as disputas.


Fonte: Jornal do Commercio - PE

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