O
governador Eduardo Campos (PSB) passa por Petrolina nesta sexta-feira (25) e
sábado para cumprir uma extensa agenda política com ações voltadas para o
combate à seca e desenvolvimento em regiões atingidas pela estiagem. Além de
visitar a 26ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada - Fenagri, o gestor de Pernambuco
deve lançar o Programa “Irrigação para Todos”, com a inauguração do Distrito de
Irrigação Comunitária dos Perímetros Muquém, Pedra Grande e Porto de Palha –
DIMP (Região de Sequeiro de Petrolina); e assinar a ordem de serviço do Sistema
Vitória, que segundo ele, vai duplicar a capacidade de captação de água no
município.
“Petrolina será a primeira cidade do Nordeste
a ter 100% de atendimento de água, aumentando em 600 litros por segundo o abastecimento”,
anunciou o socialista durante entrevista coletiva à imprensa local - na qual evitou falar sobre eleições. Veja aqui a cobertura fotográfica completa da visita do governador a Petrolina nesta sexta-feira.
Só com o Irrigação
Para Todos, será investido R$ 3,8 milhões, beneficiando 150 famílias de
pequenos agricultores e gerando 600 empregos diretos. Por meio de
três estações de bombeamento, as águas do São Francisco estão sendo levadas a
até 10 quilômetros das margens do rio e o escoamento da produção é facilitado
pela construção de 51 quilômetros de estradas.
São 300 ha irrigados e os eixos de atuação prioritários recaem sobre três
áreas: a regularização fundiária, com a entrega do título de propriedade; o uso
de sistemas de irrigação de ponta, por meio de gotejamento e/ou microaspersão,
com automação e telemetria; e a assistência técnica do Instituto Agronômico de
Pernambuco (IPA).
“A
fruticultura irrigada sofreu muito com a desvalorização do dólar nos últimos
três anos e o aumento das chuvas. Neste ano, porém, a situação mudou. Tivemos
uma boa safra e dólar favorável. Porém no sequeiro a situação se agrava e
estamos fazendo obras estruturantes para mudar essa situação. Já tiramos 4
milhões de pessoas do racionamento de água e precisamos continuar assim”, disse
Campos.
O
governador também falou da mudança estratégica na gestão dos cerca de 800 carros-pipa
controlados pelo estado. “Em momentos como este, temos que unir a todos,
independentemente das diferenças. Faremos com que nossos carros sigam roteiro estabelecido
pelo Conselho Do Desenvolvimento Sustentável de cada município e que seja
instalado o GPS para fiscalizar a rota. Ao lado disso, estamos fazendo milhares
de cisternas, poços artesianos. Para que a gente possa passar por essa seca sem
constrangimentos”, disse.
Para
Campos, a iniciativa não é o reconhecimento de omissão quanto ao uso
eleitoreiro desses veículos nas cidades. “O governo é pioneiro. Nenhum fez isso
antes. Muitos governaram Pernambuco e não fizeram isso, não tiveram a coragem
como eu, como neto de sertanejo, de colocar a base do movimento social para
dizer onde o carro deve passar. Agora isso está incomodando alguém. Minha preocupação
não é essa: é que a água chegue a quem precisa”, alfinetou.
Sobre os
atrasos no pagamento aos pipeiros – denúncia recorrente entre comunitários no
Nossa Voz – Eduardo negou que o governo esteja com poucos recursos. “Não há dificuldade
de recursos, nunca investimos como investimos, somos bons pagadores. Agora isso
é fruto do processo burocrático de alguém que está inadimplente, que não fez
serviço corretamente. Aí nós estamos tratando de dinheiro púbico, temos que seguir
as regras. Por outro lado, nós precisamos que as Leis brasileiras e a
burocracia entendam que nesta situação, estamos tratando de urgências”,
explicou-se.
Eduardo
Campos criticou, por outro lado, a iniciativa do prefeito Julio Lossio e
gestores de outros 18 municípios com a campanha “Primeiro o Canal do Sertão,
Depois a Transposição”. Para o governador esta atitude divide a voz
pernambucana e perde força.
“Não podemos
dividir as vozes de Pernambuco. São Paulo não faz isso quando briga por suas
coisas. Em véspera de eleições, isso fica muito feio. Acho que a gente deve
gritar junto: queremos Canal e Transposição! E devemos nos unir para lutar não
só por essas obras, mas pelo canal em Alagoas, pelas grandes adutoras no Rio
Grande do Norte, pelo abastecimento na Paraíba. Vamos nos juntar todos e dizer
ao governo Federal que queremos mais investimentos!”, defendeu.
Fonte Grande Rio FM
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