domingo, 27 de maio de 2012

Em visita à Fenagri, Governador evita política e ressalta ações de combate à seca

O governador Eduardo Campos (PSB) passa por Petrolina nesta sexta-feira (25) e sábado para cumprir uma extensa agenda política com ações voltadas para o combate à seca e desenvolvimento em regiões atingidas pela estiagem. Além de visitar a 26ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada - Fenagri, o gestor de Pernambuco deve lançar o Programa “Irrigação para Todos”, com a inauguração do Distrito de Irrigação Comunitária dos Perímetros Muquém, Pedra Grande e Porto de Palha – DIMP (Região de Sequeiro de Petrolina); e assinar a ordem de serviço do Sistema Vitória, que segundo ele, vai duplicar a capacidade de captação de água no município.
 
“Petrolina será a primeira cidade do Nordeste a ter 100% de atendimento de água, aumentando em 600 litros por segundo o abastecimento”, anunciou o socialista durante entrevista coletiva à imprensa local - na qual evitou falar sobre eleições. Veja aqui a cobertura fotográfica completa da visita do governador a Petrolina nesta sexta-feira. ​

Só com o Irrigação Para Todos, será investido R$ 3,8 milhões, beneficiando 150 famílias de pequenos agricultores e gerando 600 empregos diretos. Por meio de três estações de bombeamento, as águas do São Francisco estão sendo levadas a até 10 quilômetros das margens do rio e o escoamento da produção é facilitado pela construção de 51 quilômetros de estradas. 

São 300 ha irrigados e os eixos de atuação prioritários recaem sobre três áreas: a regularização fundiária, com a entrega do título de propriedade; o uso de sistemas de irrigação de ponta, por meio de gotejamento e/ou microaspersão, com automação e telemetria; e a assistência técnica do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

“A fruticultura irrigada sofreu muito com a desvalorização do dólar nos últimos três anos e o aumento das chuvas. Neste ano, porém, a situação mudou. Tivemos uma boa safra e dólar favorável. Porém no sequeiro a situação se agrava e estamos fazendo obras estruturantes para mudar essa situação. Já tiramos 4 milhões de pessoas do racionamento de água e precisamos continuar assim”, disse Campos.
O governador também falou da mudança estratégica na gestão dos cerca de 800 carros-pipa controlados pelo estado. “Em momentos como este, temos que unir a todos, independentemente das diferenças. Faremos com que nossos carros sigam roteiro estabelecido pelo Conselho Do Desenvolvimento Sustentável de cada município e que seja instalado o GPS para fiscalizar a rota. Ao lado disso, estamos fazendo milhares de cisternas, poços artesianos. Para que a gente possa passar por essa seca sem constrangimentos”, disse.

Para Campos, a iniciativa não é o reconhecimento de omissão quanto ao uso eleitoreiro desses veículos nas cidades. “O governo é pioneiro. Nenhum fez isso antes. Muitos governaram Pernambuco e não fizeram isso, não tiveram a coragem como eu, como neto de sertanejo, de colocar a base do movimento social para dizer onde o carro deve passar. Agora isso está incomodando alguém. Minha preocupação não é essa: é que a água chegue a quem precisa”, alfinetou. 

Sobre os atrasos no pagamento aos pipeiros – denúncia recorrente entre comunitários no Nossa Voz – Eduardo negou que o governo esteja com poucos recursos. “Não há dificuldade de recursos, nunca investimos como investimos, somos bons pagadores. Agora isso é fruto do processo burocrático de alguém que está inadimplente, que não fez serviço corretamente. Aí nós estamos tratando de dinheiro púbico, temos que seguir as regras. Por outro lado, nós precisamos que as Leis brasileiras e a burocracia entendam que nesta situação, estamos tratando de urgências”, explicou-se. 

Eduardo Campos criticou, por outro lado, a iniciativa do prefeito Julio Lossio e gestores de outros 18 municípios com a campanha “Primeiro o Canal do Sertão, Depois a Transposição”. Para o governador esta atitude divide a voz pernambucana e perde força. 

“Não podemos dividir as vozes de Pernambuco. São Paulo não faz isso quando briga por suas coisas. Em véspera de eleições, isso fica muito feio. Acho que a gente deve gritar junto: queremos Canal e Transposição! E devemos nos unir para lutar não só por essas obras, mas pelo canal em Alagoas, pelas grandes adutoras no Rio Grande do Norte, pelo abastecimento na Paraíba. Vamos nos juntar todos e dizer ao governo Federal que queremos mais investimentos!”, defendeu. 

Fonte Grande Rio FM

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