quarta-feira, 2 de maio de 2012

Citados em escândalos

A falta de credibilidade no colegiado da CPI não tem origem apenas em elementos do passado. O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), autor do requerimento que criou a comissão, foi flagrado em conversas com Idalberto Matias Araújo, o Dadá, braço direito de Cachoeira. Nos diálogos, o deputado marca encontros com o araponga. Recentemente, o senador Paulo Davim (PV-RN) admitiu que mantinha na folha de pagamento uma médica que trabalhava no Rio Grande do Norte. Ele argumentou tratar-se de uma consultora técnica indispensável. A funcionária acabou pedindo demissão. Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara, foi acusado de ser funcionário fantasma no gabinete de um vereador paulista, na década de 1990. A assessoria de imprensa de Vaccarezza argumenta que o Ministério Público estadual não constatou qualquer irregularidade.
 
O também deputado federal Silvio Costa (PTB-PE) angariou prejuízos políticos em consequência de suspeitas contra o filho dele. Silvio Costa Filho entregou o cargo de secretário de Turismo de Pernambuco, depois de denúncias de superfaturamento na empresa estadual de turismo. Costa sai em defesa do filho, que, segundo ele, pediu que os órgãos competentes apurassem os fatos. No caso do senador Ciro Nogueira (PP-PI) também são relações que o complicam. Ele é afilhado político do ex-presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti que renunciou ao mandato acusado de cobrar propina de um restaurante da Casa.
 
Já o deputado Gladson Cameli (PP-AM)pagou pela sede e pela imprudência. Foi pego dirigindo alcoolizado em janeiro deste ano. “Essas nomeações não são coincidências. No movimento de criação da CPI, a presidenta Dilma estava viajando e, quando voltou, já era tarde. A estratégia foi minimizar os problemas, indicando quem poderá atenuar danos”, sentencia o professor da UnB Leonardo Barreto. (GM)

Fonte: Correio Braziliense

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