Por Robson Patrício
Tecnólogo em Gestão de RH, Policial Militar de Pernambuco
Falando sobre mobilidade urbana, somos obrigado a avaliar as tomadas de decisões por parte de nossos governantes.
No dia 02 de novembro deste, voltando da
cidade de Sobradinho-BA, acompanhado de meu pai Seu Pantaleão, natural
de Cabrobó-PE e que veio trabalhar na construção da Barragem de
Sobradinho no ano de 1975, contou-me do pouco tempo que o Governo
Federal levou para construírem e que durante seu tempo de trabalho
prestado na obra, teve a oportunidade de estar presente na inauguração
feita pelo então Presidente da República Ernesto Geisel, que retratou-me
de ter visto um Governo determinado em terminar o que haviam começado,
pelo respeito que havia com o dinheiro público; outra preocupação do
Governo Geisel, vista no inicio dos anos 70, foi quanto a mobilidade
urbana, onde pode implantar as primeiras linhas do metrô em São Paulo e
no Rio de Janeiro.
Com isto quero dizer que, no trato com o
assunto de mobilidade urbana, o que falta é RESPEITO por parte de
nossas autoridades executivas e fiscalização por parte de nossos
legisladores quanto à aplicação e destinação dos recursos onde realmente
devem ser aplicados.
As obras nos dias atuais são meramente
ferramentas de lavagem de dinheiro, faz-se um orçamento e quando se
inicia já temos uma enxurrada de aditivos para dar continuidade as
obras.
Se passarmos os olhos rapidamente na
lateral da BR 122, sentido Petrolina/ Recife, lado esquerdo, ainda
podemos ver milhões em reais gastos com a Transnordestina no Governo FH
que culminou em apenas um morro de areia, que percorre boa parte do
percurso entre Petrolina e Lagoa Grande.
Mais em se tratando dos novos discursos
em Mobilidade Urbana, o que podemos esperar é que nossos Prefeitos,
Governadores e a Presidência da República, possam destinar recursos para
implantação de novos meios de transporte em massa, o que há nisto tudo,
que leva nossa população as ruas todos os dias com milhões de veículos
transitando num espaço pequeno dividido com pedestre, bicicletas,
veículos, motociclos e transporte coletivo, é um sentimento de posse,
posse do carro em te dar liberdade, o que é um engano, pois ao sair de
carro, começa a dificuldade de encontrar estacionamento, gasto exagerado
de combustível nos engarrafamentos e tudo mais.
Vimos agora recente o Prefeito Julio
Lossio falar em VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), importantíssimo e
urgente esta discussão, agora isto tem que sair do discurso político e
ir pra o discurso do Prefeito e ser encarado como uma necessidade para
ser implantada, destinando recurso para inicio e termino da obra.
Sabemos que os custos para implantação
de um VLT é alto para ser implantado, mais o que devemos ver é o
custo/beneficio/futuro, pois nossa cidade sempre teve um diferencial por
ser uma cidade planejada, exemplo tanto foi a duplicação da Ponte
Presidente Dutra, que não teve dificuldade em se conectar com a BR 407,
demonstrando que planejamento ainda é o diferencial em uma cidade com
potencial em desenvolvimento, como é o caso de Petrolina;
podemos ainda
observar na imagem que se for disponibilizado em Petrolina linhas que
atendessem estas comunidades, teríamos números significativos de redução
de veículos particulares na rua.
O Problema do transporte coletivo em
Petrolina vira uma “novela” sem capítulo final, entra Prefeito e sai
Prefeito; primeiro buscou a quebra do monopólio ainda no Governo FB e
ainda hoje nada foi resolvido que trouxesse a satisfação do usuário que
ainda continua a reclamar.