quinta-feira, 14 de abril de 2011

Chuva dificulta reparos em casas

Após terem sido afetadas pela chuva de granizo que atingiu Mogi das Cruzes na tarde do último domingo, centenas de pessoas voltaram a ser prejudicadas com a tempestade de anteontem - esta sem pedras de gelo, mas acompanhada de muito vento. Sem tempo, material e mão de obra disponíveis, muitos moradores ainda estavam com os telhados danificados quando a chuva da terça-feira começou, deixando diversas casas completamente alagadas. 

Assim aconteceu, por exemplo, em imóveis da Rua Professora Lourdes Lopes Romeiro Ianuzzi, no Jardim Universo. É ali que mora a doméstica Cleonice Rocha, 49 anos. O desespero de ter visto a residência ser invadida por água no último domingo aumentou ainda mais anteontem, quando o temporal voltou a inundá-la. "A chuva de granizo danificou todo meu telhado, que ficou completamente esburacado. Como não estava em casa naquele momento, acabei perdendo diversos móveis porque ficaram completamente molhados, incluindo geladeira, sofá, roupas, mantimentos e colchões", lembra. 

Sem condições financeiras de substituir as quase 30 telhas danificadas, Cleonice conseguiu improvisar uma cobertura com plástico. "Como perdemos os colchões, fomos dormir em casas de vizinhos. Porém, a chuva de terça-feira destruiu o material de improviso e voltou a inundar minha casa. Estou desesperada porque moro apenas com minha filha, que é adolescente e está grávida de seis meses. Agora, não temos onde dormir e nem condições de consertar o telhado", lamenta.

Não foi apenas a residência de Cleonice que foi prejudicada com a nova chuva. Segundo a Defesa Civil de Mogi, problema semelhante aconteceu na Avenida Marginal, no Jardim Pavão. Como a água invadiu a casa, já que o telhado estava danificado por conta da chuva de granizo, a Defesa Civil foi acionada e forneceu à família uma lona para proteção provisória.
A chuva de anteontem causou ainda outros transtornos na Cidade. Na Vila Jundiaí, um muro que existia no final da Rua Benoni Gonçalves desmoronou. Nenhuma casa ou pessoa, no entanto, foi atingida.

O Ribeirão Oropó também transbordou e alagou três residências da Rua Aeronauta, no Jardim Aeroporto III. As famílias foram encaminhadas para casas de parentes. Segundo a Defesa Civil, na terça-feira, o volume de chuva foi pouco maior do que no domingo, porém, desta vez, sem pedras de gelo. Afinal, anteontem, o temporal somou 25,3 milímetros de água, enquanto que no domingo, este volume chegou a 24,8 milímetros.

De acordo com a Prefeitura, assistentes sociais continuam visitando famílias afetadas pela chuva de domingo e também pelo temporal de anteontem, sendo que os trabalhos estão concentrados, principalmente, na região do Jardim Aeroporto - uma das áreas mais afetadas. Quando verificada a necessidade, os profissionais municipais têm disponibilizado mantimentos e colchões às famílias atingidas. Além disso, a Defesa Civil também doa lonas para cobertura emergencial das casas afetadas.

Em toda a Cidade, a chuva de granizo atingiu, principalmente, o Distrito de Braz Cubas. "Em dezembro, troquei todo o telhado da minha casa e gastei cerca de R$ 900,00. Agora, as pedras de gelo destruíram as telhas. O prejuízo só não foi maior porque, no dia seguinte, consegui cobrir provisoriamente com uma lona. Caso contrário, minha casa teria ficado alagada com a chuva de ontem (anteontem)", conta a comerciante Maria Celeste de Carvalho, 59 anos, que reside no Jardim Universo.

Escolas
Apesar de nove instituições municipais de ensino terem sido prejudicadas pela chuva de granizo no último domingo, apenas a creche Santana, na Bela Vista - subvencionada pela Prefeitura - permaneceu sem aulas até ontem. A medida foi necessária para executar a substituição das telhas que quebraram com a tempestade.
Na segunda-feira, outras três escolas tiveram as aulas parcial ou totalmente suspensas. Segundo a Prefeitura, as equipes de manutenção providenciaram os reparos nos locais e as unidades já retomaram atividades.

Fonte O Diário Online

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