segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Entrevista ao Fantástico: “Temos um mercado interno crescente e vamos combater essa crise crescendo”

A presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, exibida no último domingo (11/9). A entrevista foi dividida em dois blocos, sendo o primeiro no Palácio da Alvorada, onde a presidenta conversou com a apresentadora Patrícia Poeta sobre o seu dia a dia. Na segunda parte, já no Palácio do Planalto, a presidenta falou sobre a crise financeira internacional, política e economia. Confira alguns trechos e, abaixo, a íntegra da entrevista exclusiva à Rede Globo.

Papel de avó
“Olha, eu vou te falar, é um papel fantástico. É mãe com açúcar (…). Fico o dia inteiro com ele [o neto, Gabriel]. Brinco, levo ele pra nadar (…), faço tudo que toda avó faz, tudo”.
Crise econômica mundial
“Nós temos um mercado interno crescente e vamos combater essa crise crescendo”.
Inflação
“A inflação é algo que sempre tem de nos preocupar, sabe, Patrícia? Você sempre tem de ter um olho no crescimento e o outro olho na inflação.”
Copa do Mundo de 2014
“Ah, tenho absoluta certeza [de que o Brasil estará preparado para a Copa do Mundo de 2014] (…). Porque nós vamos ter nove estádios ficando prontos até dezembro de 12. No máximo início de 13. Tempo de sobra para a Copa (…). Aeroportos, nós estamos com três aeroportos em licitação, já totalmente formatada a engenharia. Vamos fazer essas licitações no final desse ano”.
Combate à corrupção
“Tem vários ossos do ofício de ser presidente. O caso, por exemplo, da luta contra a corrupção é osso do oficio da Presidência, ou seja, é intrínseco à condição de presidente zelar para que o dinheiro público seja bem gasto. Depois, eu tenho uma responsabilidade pessoal também nessa direção”.
Base aliada
“Nós montamos um governo de composição. Caso ele não seja um governo de composição, nós não conseguimos governar. A minha base aliada, ela é composta de pessoas de bem”.
Medicamentos gratuitos
“Eu vou falar, eu acho que foi muito acertado, logo de início, ter entregue os remédios de graça. Sabe por que eu estou falando isso? Porque eu acho que a pessoa que não tem dinheiro para comprar um remédio que precisa, acho que é um drama humano violento. Aqui nessa mesa, nós decidimos que a gente ia garantir e assegurar para todas as pessoas do Brasil que sofrem de diabetes e pressão alta, que a gente ia assegurar o acesso ao medicamento de graça. Porque nós somos o único país que faz isso nessa proporção. Por isso que eu tenho orgulho disso”.
Desoneração de impostos
“Olha, Patrícia, eu fico muito orgulhosa de uma outra coisa. É outra coisa que não é assim grande, mas para mim é importante. É importante reduzir imposto. Então, eu gostei de fazer isso. Para quem? Para o super simples e para o MEI”.
Classe Média
“Nós tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza. Essas pessoas são hoje da classe média. O meu maior compromisso é garantir para esses 40 milhões, mais os outros que já usavam, garantir educação pública de qualidade, saúde de qualidade e segurança pública de qualidade”.
CPMF
“Eu sou contra a CPMF, hein (…). Sabe por que a população é contra a CPMF? Porque a CPMF foi feita para ser uma coisa e virou outra. Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da saúde e não para saúde”.
Saúde pública
“Nós, na saúde pública do país, gastamos 2,5 vezes menos do que na saúde privada. Um país desse tamanho, o maior país da América Latina, com a maior economia da América Latina, gasta 42% menos na saúde do que a Argentina (…). Para dar saúde de qualidade, nós vamos precisar de dinheiro, sim. Não tem jeito, tem de tirar de algum lugar. Agora, o Brasil precisará aumentar o seu gasto com saúde. Inexoravelmente”.

Nenhum comentário: