domingo, 18 de setembro de 2011

Desqualificação profissional em todo país

Os serviços estão cada vez mais caros no Brasil. Os canteiros de obras e o segmento de empregados domésticos são exemplos da pujança no setor. Os profissionais são disputados pelas empresas que oferecem salários cada vez mais elevados, principalmente quando se trata de serviços. A exemplo disso, os serviços de hotelaria, caseiros, bancários, pedreiros, eletricistas e até manicures nos salões de beleza.

 Os empregadores brasileiros, da construção civil, indústrias, serviços em geral, e tantos outros empreendedores, reclamam, com muita razão, da falta de pessoas capacitadas e qualificadas para o mercado de trabalho no país.
A falta de mão de obra qualificada também contribui para alavancar os preços cobrados por esses profissionais. Enquanto um professor ganha menos de R$ 40,00 reais por dia, um pedreiro, muitas das vezes, sem qualquer estudo, cobra por um dia de serviço, o dobro desse valor.

O crescimento da economia brasileira e a demanda por bons profissionais estão em alta, há empregos disponíveis, mas o que as empresas buscam são trabalhadores capacitados, porém, esse é um grande desafio para todo o país.
Os investimentos feitos até agora pelos governos para qualificação profissional, a exemplo dos “Chapéus de Palha” da vida e, milhares de outros cursos confiados a dezenas de instituições “desqualificadas”, instituídas para aperfeiçoar a carreira profissional das pessoas, não têm trazido resultados positivos.

Recentemente, uma empresa em Suape, necessitou de 300 soldadores, teve que ir buscar no Rio de Janeiro, mais da metade desses profissionais. Isso ocorre em todos os setores, a começar pela empregada doméstica que, muitas das vezes não se qualifica, para atender bem os seus empregadores.

Um aspecto que chama a atenção dos empresários que necessitam de bons profissionais é a lacuna que se constata em termos de habilidades que transcendem a qualificação profissional e técnica, como liderança e atitude empreendedora.

 O que os governos já deveriam ter feito era incluir na educação básica pública de qualidade, um pré-requisito para desenvolvimento de competências profissionais específicas e, essas deficiências prévias, obviamente têm impactos sobre o mercado de trabalho.   

GONZAGA PATRIOTA, Contador, Advogado, Administrador de Empresas e Jornalista. Pós-Graduado     em Ciência Política e Mestre em Ciência Política e Políticas Públicas e Governo e Doutorando em Direito Civil, pela Universidade Federal da Argentina.

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