quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CANAL DO SERTÃO PERNAMBUCANO: AGORA UMA REALIDADE

Por Gonzaga Patriota 


Quando ainda menino, morando em Salgueiro, eu ouvia falar em duas coisas que me enchiam os olhos de alegria e o coração de esperança. Uma era a chamada Universidade Federal de Petrolina, e a outra, o Canal do Sertão, que traria água do Rio São Francisco para irrigar as terras de Casa Nova, na Bahia e, de mais de uma dúzia de municípios do sertão pernambucanos, até chegar a Salgueiro, terra que me adotou e que amo. 

O tempo passou, e somente depois da virada do século XX, depois de muita luta, discussões e negociações com os Estados da Bahia, do Piauí e de Pernambuco, é que, no Congresso Nacional, conseguimos aprovar essa tão importante Universidade, apenas mudando o seu nome para Universidade do Vale do São Francisco - UNIVASF. 

O combate à pobreza, a geração de empregos e a distribuição de renda de uma região, não podem prescindir das ações ligadas à agricultura. A irrigação é uma das mais efetivas ações desse processo, e, ainda, o aumento da oferta de alimentos e preços menores daqueles produzidos nas áreas não irrigadas, bem como o aumento substancial da produtividade dos fatores, terra e trabalho. 

Mesmo com essas vantagens, a área irrigada per capta do Brasil ainda é uma das mais baixas do mundo. 

Detentor do mais alto índice de água do planeta, e, mesmo com pouquíssimas áreas irrigadas, o Brasil emprega mais de 500 mil trabalhadores e arrecada meio milhão de reais de impostos todos os anos, nesse setor. 

Com a vinda da Presidente Dilma Rousseff ao Submédio São Francisco (Juazeiro e Petrolina), o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, conhecedor dos problemas da região, conseguiu incluir no PAC – Programa de Aceleração do crescimento II, os recursos para a construção de 750 mil cisternas para os pequenos agricultores em áreas de sequeiro e, ainda, a elaboração do projeto e construção desse velho Canal do Sertão de Pernambuco que poderá se arrastar ainda por mais de 10 anos. 

O Canal do Sertão vai contemplar atividades estruturadoras em 16 municípios pernambucanos – Petrolina, Afrânio, Dormentes, Santa Filomena, Santa Cruz, Ouricuri, Trindade, Araripina, Bodocó Ipubi, Granito, Exu, Moreilândia, Serrita, Cedro e Parnamirim e ainda podendo atender Verdejante e Salgueiro a pedido deste jornalista e político.

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