domingo, 28 de agosto de 2011

Brasil deveria desenvolver ETFs de commodities, diz professor

CAMPOS DO JORDÃO - O mercado brasileiro vive um momento particularmente interessante para o desenvolvimento de novos ETFs (Exchange Traded Funds) no país, conhecidos como Fundos de Índices, que possuem cotas negociadas em bolsa de valores, acredita Marco Avallaneda, doutor em matemática pela Universidade de Minnesota e docente no Courant Institute of Mathematical Sciences da Universidade de Nova York.

Segundo ele, o Brasil, que já negocia ETFs baseados em índices de ações, deveria desenvolver rapidamente ETFs de commodities, especialmente de metais preciosos, como ouro e prata, para funcionar como hedge. Além disso, ele defende o desenvolvimento de BDRs (Brazilian Depositary Receits, recibos de ação de empresas estrangeiras negociadas no Brasil) de índices acionários estrangeiros, não apenas de ações.

De acordo com Avallaneda, o maior ETF de país operado no exterior é o do Brasil, o ishares MSCI Brazil Index, da BlackRock, com US$ 12,54 bilhões de ativos sob administração e US$ 830 milhões de volume médio negociado por dia. O professor defende que o Brasil pode "brilhar" em ETFs de commodities, mas deve evitar estruturas complexas.

Ele admite que falta cultura de investimento nesse tipo de ativo no Brasil, cujo mercado ainda é incipiente. Mas ele acredita que as vantagens que os ETFs trazem para investidores, como diversificação de carteiras a preços razoáveis e flexibilidade superior a cotas de fundos clássicos, podem levar ao desenvolvimento desse mercado no país.
(Camila Dias | Valor)
A repórter viajou a convite da BM&FBovespa

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