quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vereadora revela preocupação sobre aumento dos servidores da Facape: “projeto não prevê reajuste de mensalidade”

Mesmo aprovando o projeto de Lei que prevê o aumento salarial dos servidores da Facape, a vereadora Márcia Cavalcanti (PMN) alerta para a fonte de custeio desse reajuste. A edil relatou que no documento enviado a Câmara Municipal não havia previsão de aumento da mensalidade, mas olhando o edital do vestibular que está prestes a ser realizado pela autarquia educacional, Cavalcanti percebeu que o valor cobrado pelos cursos é maior do que o pago atualmente.  “O projeto em si só trata do reajuste dos servidores da Facape e dos professores. Ele não trata de aumento de mensalidade em momento nenhum. Achamos que o professor tem que ganhar melhor, professor tem que ser bem remunerado. Mas o projeto não trata de reajuste de mensalidade. O que nós notamos a diferença é que no edital do vestibular, a mensalidade para os cursos está diferente do que é cobrado para os atuais alunos da instituição”.

Questionada sobre o motivo que a levou a não colocar o PL para votação na sessão da ultima quarta feira (25), quando assumiu a presidência da mesa, Márcia (que é vice-presidente da casa) explicou que mesmo diante da solicitação dos colegas, não poderia colocar em pauta um projeto que não possuía parecer das comissões. “Houve uma reivindicação de alguns vereadores para que se colocasse em pauta. Ora nós temos uma tramitação. Um projeto que trata de questão financeira tem que ser analisado pelas comissões. Nós não podemos votar no meu entendimento e segundo o regimento, nenhum projeto sem que as comissões emitam os seus pareceres. Por quê? Porque a partir do momento que você diz ‘eu dispenso o parecer de uma comissão’, é como se eu dissesse, ‘não precisa analisar’. E nós temos que ter essa responsabilidade porque o legislador, todo o voto que ele dá, vai interferir diretamente na vida das pessoas”.

A expectativa da vereadora, que também é aluna da Facape, é que a direção da instituição volte atrás do que está previsto no edital do vestibular e iguale as mensalidades de todos os estudantes sem o reajuste já temido. “Eu tenho certeza que o corpo da Facape vai ter essa sensibilidade. Não é justo porque não houve discussão sobre esse assunto. A faculdade hoje tem 3.200 alunos, são 3.200 famílias. A Facape é uma autarquia pública, a finalidade dela não é lucrativa não, é uma autarquia pública. Ela foi criada exatamente para que Petrolina tivesse uma instituição de ensino pública. Agora quando se aumenta muito uma mensalidade, você fatalmente começa a discriminar as pessoas. Muita gente não vai ter condição de pagar”, alertou Cavalcanti.

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