quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vereadora Márcia se diz supresa com reajuste de mensalidades na Facape: “Prefiro acreditar que houve equívoco”


Estudante do curso de Direito da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), a vereadora Márcia Cavalcante não escondeu sua surpresa com o reajuste nas mensalidades divulgado no site da instituição. Mais do que o reajuste, a vereadora demonstrou certa frustração por outro motivo: o diretor-presidente da Facape, Professor Rinaldo Remígio, havia prometido a ela, há oito dias, que o valor das mensalidades não seria aumentado sem uma prévia discussão com os alunos. Mas não foi isso que aconteceu.

Em entrevista ao programa Conexão Verdade, da Emissora Rural, Márcia disse a Carlos Britto que prefere acreditar ter ocorrido “um equívoco”. Sem entrar diretamente em polêmicas, a vereadora justificou ter acreditado nas palavras do Professor Remígio, ao lhe assegurar, na semana passada, que não haveria reajuste.

“A Facape é uma autarquia pública, que não visa a lucros, mas a excelência no ensino e na gestão”, provocou a vereadora. Ela chegou a lembrar que recentemente representantes da Facape foram à Câmara de Vereadores solicitar aumento salarial para o corpo docente. Márcia foi uma das que concordaram, desde que a conta não fosse paga pelos alunos, uma vez que a instituição registra superávit (lucros maiores do que despesas) desde o início da gestão do Professor Remígio.

Na ocasião o diretor-presidente já tinha sugerido a necessidade de reajuste nas mensalidades como forma de amenizar uma dívida de R$ 2 milhões que o município tem com a Facape desde 2007 (na gestão Odacy Amorim). Essa dívida diz respeito ao que a prefeitura, na época, deixou de repassar à autarquia referente à cota de bolsas para estudantes. “Por que não fazer um encontro de contas entre o município e a Facape? Por que o aluno é que tem que pagar?”, indagou a vereadora.

Por fim, Márcia não se deu por convencida pelo que viu no site sobre o reajuste, o qual teria sido aprovado pelo Conselho da instituição – formado, entre outros, por representantes de alunos, do DCE e da sociedade petrolinense – em consonância com o Ministério Público. Pior ainda: ela não conseguiu digerir o fato de que o aumento nas mensalidades, caso seja confirmado de fato, tenha acontecido no “apagar das luzes”, quando a instituição entrou no recesso do meio de ano. A reportagem do programa procurou o Professor Remígio, mas foi informada que o mesmo se encontrava em viagem. Ninguém na Facape quis se pronunciar sobre o fato.

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