A discussão para a apreciação do projeto
de gratificação dos professores de Petrolina parece que não acabou com a
aprovação ontem na Câmara de Vereadores. Apesar da aprovação, numa
sessão especial, o projeto de Lei nº 19/2012 que previa o aumento dos
servidores de 6,5% do executivo não agradou a presidência do sindsemp,
que protestou o reajuste não linear das categorias estatutárias.
Diante do exposto, o prefeito de
Petrolina Julio Lossio entrou ao vivo durante a programação do Nossa
Voz, desta manhã, para explicar à população como foi feito o calculo
para a concessão do reajuste sem ferir a Lei de Responsabilidade
Fiscal. Visto que em declarações à imprensa a presidente do Sindsemp,
Wildes Mariléia Araújo, teria questionado a postura do executivo de
enviar o projeto sem ouvir a categoria, Lossio afirmou que sua
declaração é mentirosa. “Nós estamos sempre buscando a afirmação dos
programas e projetos desenvolvidos no município, numa grande parceria
com o servidor público municipal e dentro disso tem sempre o processo de
negociação com o servidor. Quando a presidente do sindicato diz que o
servidor municipal não foi ouvido, mente”, disse o prefeito.
Lossio acrescenta que em várias
oportunidades projetos foram discutidos entre o sindicato e o executivo,
e ainda questiona o papel exercido pela entidade. “O sindicato deveria
ser o legítimo representante do servidor, contudo, a gente observa que
uma politização das questões tem feito o próprio sindicato perder forças
com os servidores, visto que muitas classes de servidores hoje discutem
diretamente com o executivo municipal, isso se deve também porque o
sindicato esqueceu algumas classes, como por exemplo, os engenheiros do
município, os procuradores, os funcionários da EPTTC, os guardas
municipais, e muitas outras classes que ficavam à margem. A presidente
do sindicato tem politizado à questão, levando muito mais para o lado
partidário do que para a defesa do servidor”, frisa.
Lossio também acusa o sindicato de
omissão na busca de remover os professores que estão cedidos para outros
órgãos para a sala de aula. “Nós poderíamos pagar um salário de R$ 3
mil para os professores, mas o problema é que tem muitos professores
fora de sala de aula, servindo outros órgãos da federação, forçando o
poder público a pagar outros professores e o sindicato nunca quis
resolver este problema. Nós precisamos emanar os servidores do município
e o sindicato nunca fez nenhum movimento contra esta aberração”,
critica.
Para ratificar sua opinião
de que há um comportamento partidário da presidência do sindicato, o
chefe do executivo apontou que no site institucional do sindsemp tem
imagens e gravações de líderes de partidos, a exemplo do presidente do
diretório municipal do PCdoB, Robério Granja. “Foi veiculado na
inauguração da sede o depoimento de Granja que não faz parte do quadro
de funcionários do município, mas é o presidente do partido o qual
Wildes Mariléia faz parte, entre outros depoimentos inclusive de um
atual pré-candidato a prefeito”, ataca afirmando que é a partidarização
do sindicato. “Isso é uma afronta ao servidor público”, recrimina.
Fonte Grande Rio FM
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