quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mensalão vs CPI, por Marcos Coimbra

Por RICARDO NOBLAT

Nossa “grande imprensa” está reagindo de forma curiosa à instalação da CPI do Cachoeira. Salvo uma ou outra voz discordante, anda cheia de desconfianças.
No mínimo.
 
Em alguns casos, sua má vontade é clara. Em outros, mostra-se furiosa.
 
Cabe a pergunta: o que esperava do Congresso? O que deveriam senadores e deputados fazer frente às denúncias de que Demóstenes Torres está afundado até a raiz dos (poucos) cabelos em gravíssimas irregularidades, assim como, em escala menor, alguns deputados e lideranças de vários partidos?
 
E quanto às suspeitas que alcançam os governos de Goiás e do Distrito Federal, a revista Veja - um dos baluartes da imprensa de direita - e grandes empresas privadas? Agora que pipocam indícios de todos os lados?
 
O certo seria que cruzassem os braços e fingissem que nada acontece?
 
Quando Lula e as lideranças do PT no Congresso entraram em campo para defender a criação da CPI se comportaram como é natural na política: perceberam que seus adversários estavam fragilizados e agiram.
 
As atuais oposições fizeram a mesma coisa quando tiveram a oportunidade. Assim como os próprios petistas no passado, quando eram oposição e não deixavam escapar qualquer chance de atingir o governo.
 
A desconfiança da maioria dos comentaristas - e a fúria de alguns - tem a ver com a ideia de que a CPI do Cachoeira é útil ao PT.

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