segunda-feira, 9 de abril de 2012

Para financiar campanhas, Senado tem suplentes ricos



Ter suplentes ricos que financiam parte das campanhas, cada vez mais caras a cada eleição, também é praxe no Senado. Roberto Requião (PMDB-PR), por exemplo, teve 27% do custo de sua campanha bancados por seu suplente, Chico Simeão, que doou R$ 857 mil. Simeão é dono da BS Colway, que importa pneus usados, recicla e revende no Brasil. Requião  afirmou que esse dinheiro refere-se ao empréstimo de um avião. — Eu superestimei o valor de propósito, para evitar problemas — afirmou o senador do PMDB. Ele nega ter escolhido Simeão pelo fato de ele ser rico: — Ele é um empresário progressista, que defende o capital produtivo.


Primeiro suplente de Demóstenes Torres (de Goiás, sem partido), que está agora  em meio a um escândalo de corrupção, o empreiteiro Wilder Pedro de Moraes, da Orca Construtora, doou R$ 700 mil para a campanha do titular, o que corresponde a 7,5% do total arrecadado.

Atualmente, 15 suplentes estão no exercício do mandato no Senado, o que corresponde a 18% dos 81 integrantes da Casa. Desses, cinco assumiram porque o titular foi eleito governador, quatro viraram ministros, três morreram, um tomou posse como secretário estadual, um foi indicado para conselheiro de tribunal de contas estadual e um foi cassado.


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