terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ministros pré-candidatos nas eleições de 2012 terão que deixar pastas

Estado de Minas
Brasília – A avaliação dos aliados é de que o ano de turbulência política que antecedeu a reforma oficial limita, neste momento, os planos da presidente Dilma Rousseff de montar seu primeiro ministério de fato. “É sempre complicado fazer uma reforma no meio do mandato. Quando o novo governante assume é que ele decide o tamanho do Estado (na Esplanada). Fazer mais composições depois é complicado”, afirma o senador Wellington Dias (PT-PI).
 
Denúncias de corrupção e de deslocamentos políticos, no entanto, forçarão Dilma a realizar composições. Pelo menos quatro ministros amargam frigideira graças a irregularidades apontadas em suas pastas, e outros quatros figuram na lista de pré-candidatos a prefeituras em 2012. No caso do ministro da Educação, Fernando Haddad, seu afastamento poderá dar lugar a Aloizio Mercadante, que deixaria o Ministério de Ciência e Tecnologia para assumir a pasta na reforma ministerial.
 
O lugar de Mercadante voltaria para as mãos do PSB, que já comandou a pasta de Ciência e Tecnologia. O Ministério do Trabalho, comandado pelo interino Paulo Roberto dos Santos Pinto após a saída de Carlos Lupi, é alvo da cobiça de setores do PT, assim como a pasta de Cidades, pois o titular Mário Negromonte (PP) não deve ser reconduzido na reforma. Se atender os pleitos do PT, Dilma terá que acomodar o PDT e o PP em outros ministérios, para manter a harmonia da coalizão.
 
Enquanto isso...
…MP investiga uso de jatinho
O Ministério Público Federal (MPF) do DF abriu uma investigação na esfera cível para apurar os voos de Carlos Lupi, quando era ministro do Trabalho, em avião patrocinado pela Fundação Pró-Cerrado, a entidade que mais recebeu recursos da pasta – R$ 14,5 milhões. Lupi fez um périplo pelo interior do Maranhão em dezembro de 2009 a bordo de King Air providenciado pelo dono da fundação, Adair Meira. A revelação dos voos contribuiu para a demissão do ministro. Até hoje não ficou claro quem efetivamente fez o pagamento pelo aluguel do avião. O procurador da República Paulo Roberto Galvão apura se o ex-ministro cometeu um ato de improbidade administrativa. O membro do MPF solicitou informações sobre os percursos e a utilização da aeronave ao 6º Comando Aéreo Regional (Conar).

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