No programa Café com a Presidenta transmitido hoje (12), a
presidenta Dilma Rousseff explicou as ações para enfrentar o crack e outras
drogas, que contarão com R$ 4 bilhões em investimentos até 2014. São ações de
prevenção e cuidado aos usuários e também de repressão ao tráfico. A meta,
segundo a presidenta, é implantar no Brasil uma política ampla, moderna,
corajosa e criativa de enfrentamento das drogas.
Em todo país, o governo vai criar unidades de acolhimento do Sistema Único de
Saúde (SUS), onde os pacientes poderão ser internados por períodos mais
prolongados, quando for o caso. O governo destinará recursos para comunidades
terapêuticas e instituições privadas que seguirem as normas da Anvisa para
higiene, atendimento e manutenção do contato dos pacientes com a família.
“Algumas pessoas precisam ficar um tempo longe do ambiente que as atraem para a droga, para poder reconstruir seu projeto de vida e até as suas relações pessoais com a sua família, por exemplo. Hoje, nós temos 26 unidades públicas de acolhimento, que oferecem cuidado médico, social e psicológico permanente aos dependentes químicos. Até 2014, vamos saltar para pelo menos 574 unidades, em parceria com instituições que já têm tradição no cuidado de dependentes”, disse a presidenta.
O governo também vai ampliar para 24 horas o atendimento em todos os 134
Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas para os usuários de drogas que
trabalham ou estudam, vivem com a família, mas estão lutando contra a
dependência. Nos hospitais, serão criados 2.462 novos leitos em enfermarias
especializadas no atendimento aos dependentes de álcool, crack e outras drogas.
Mais 1.142 leitos serão reformados e reequipados.
Já as ações de repressão envolvem a instalação de câmeras para o
monitoramento das áreas de consumo de crack. Nas fronteiras, serão combatidas as
organizações criminosas para evitar que as drogas entrem no país.
“Já estamos fazendo isso com as operações da Polícia Federal e das Forças Armadas no nosso Plano Estratégico de Fronteiras. De junho, quando lançamos o plano, a novembro deste ano, nós evitamos que 112 toneladas de drogas entrassem no Brasil”, afirmou a presidenta.
Ela ressaltou ainda a importância da prevenção ao envolvimento das crianças e
dos jovens com as drogas.
“O sofrimento das famílias dos dependentes é, sem dúvida, enorme. Tenho ouvido relatos de mães que chegam até a acorrentar os filhos no quarto para evitar que eles usem drogas. Também sou mãe, e esses relatos me comovem imensamente. Como presidenta, farei tudo para que as mães que chegam a atitudes desesperadas como essa, encontrem, no poder público o apoio e o tratamento adequado para seus filhos.”
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