Acompanhada do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (dir.), presidenta Dilma Rousseff se reúne com o presidente do grupo Telefônica no Brasil, Antônio Carlos Valente (esq.), e com o presidente mundial da Telefônica, Cesar Alierta (ao centro), no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
A presidenta Dilma Rousseff recebeu o presidente mundial do grupo Telefônica, César Alierta, e o presidente do grupo Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, quando foi informada que o conglomerado internacional vai investir R$ 24,3 bilhões no Brasil entre 2011-2014. As informações foram divulgadas pela assessoria da empresa após o término da reunião, que contou com a participação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. De acordo com a empresa, o montante a ser investido é 52% superior ao volume de recursos aplicados nos quatro anos anteriores.
De acordo com a Telefônica, “os recursos serão aplicados na modernização e expansão de redes e lançamento de produtos e serviços inovadores em telefonia e banda larga nas tecnologias fixa e móvel, TV por assinatura (incluindo redes de fibras ópticas domiciliares)”. Estes são os principais setores de atuação da empresa no Brasil. No mesmo comunicado, a empresa informa que o investimento será também para aquisições de licenças para operação.
No detalhamento deste investimento, assessoria explicou que os R$ 24,3 bilhões para 2011-2014 significam aumento de R$ 8,3 bilhões, um pouco acima da metade dos R$ 16 bilhões aplicados entre 2007-2010. Mesmo assim, segundo informações, nos quatro anos anteriores a previsão era de investir R$ 1 bilhão a menos (R$ 15 bilhões) e superou a expectativa, sinal que o montante anunciado nesta data pode superar caso os negócios do grupo espanhol se expandam no período.
O grupo Telefônica chegou ao Brasil a partir da privatização do Sistema Telebrás. Entre 1998 e 2010, segundo o comunicado, o investimento no país atingiu R$ 57,4 bilhões. Se somados os R$ 24,3 bilhões, o conglomerado estará investindo R$ 81,7 bilhões num período de 16 anos. “Os investimentos e seus benefícios aos consumidores e à sociedade brasileira, como a geração de empregos e inclusão digital, reiteram o compromisso de longo prazo assumido pelo grupo Telefônica com o Brasil, desde o início das operações em larga escala no país, em 1998″, diz o texto.
Na reunião no Palácio do Planalto, Cesar Alierta anunciou também o início das atividades, em São Paulo, do primeiro Centro de Inovação da Telefônica fora da Espanha. Este centro brasileiro, conforme explicou, desenvolverá soluções tecnológicas para as operações do grupo em todo o mundo “com ênfase em soluções nas plataformas de vídeo e fibra ópticas”. Mais adiante, a empresa informa que está criando um grande programa de identificação, fornecimento de acesso à tecnologia e financiamento dos jovens talentos brasileiros em inovação. O projeto inclui um fundo de fomento, que vai incentivar os novos empreendedores e as empresas que surgirem a partir da iniciativa.
“Estamos investindo fortemente na ampliação de nossos serviços e redes, com o objetivo de cobrir perto de 100% dos municípios brasileiros com telefonia e internet em banda larga, nas tecnologias fixa ou móvel. Nosso objetivo é ter as redes mais modernas do Brasil e sermos pioneiros na introdução de novas tecnologias no país”, comentou Alierta por meio da assessoria de imprensa.
O grupo Telefônica é um dos três maiores conglomerados de telecomunicações do mundo, pelo critério de número de clientes: são mais de 264 milhões de acessos nos 25 países em que está presente. É gerador de emprego direto para cerca de 255 mil profissionais.
14,8% é a participação do Brasil da receita do grupo no mundo.
No Brasil, o grupo Telefônica é o maior conglomerado empresarial privado em atuação, com R$ 23,2 bilhões de receita líquida em 2009. Além disso, é o maior contribuinte em impostos e o segundo empregador, com 84.355 contratados diretos e mais de 49 mil indiretos. No final de 2009, possuía mais de 67 milhões de clientes.
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