quinta-feira, 17 de março de 2011

Doação de órgãos no Brasil bate recorde em 2010, diz Ministério da Saúde

As chances dos brasileiros que necessitam de um transplante de órgão para sobreviver aumentou no ano passado. É o que mostra os dados do Ministério da Saúde sobre o número de doação de órgãos e transplantes. Um dos motivos para esse aumento na quantidade de transplantes no país foi aperfeiçoamento dos processos de doação, como a rapidez nas notificações por morte encefálica, cuidado intensivo dos doadores, melhorias logísticas e o aumento dos recursos financeiros no Sistema Nacional de Transplantes.

No ano passado, foram registrados 1.896 doadores, 238 a mais que 2009, crescimento de 14%. Com isso, o Brasil alcançou a marca histórica de 9,9 doadores por milhão de pessoas (pmp). Alguns estados como São Paulo (21 pmp) e Santa Catarina (17 pmp) possuem índices de doações próximos aos de países desenvolvidos no setor, como Espanha e Canadá, que mantêm médias acima de 20 doadores pmp. 

Já o número de transplantes – considerando órgãos sólidos, tecidos (córneas) e células (medula) – fechou o ano de 2010 com um total de 21.040 contra 20.253 em 2009. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi responsável por 95% dos transplantes de órgãos sólidos, números que ratificam a posição do Brasil entre os maiores sistemas públicos de transplantes em todo o mundo.

Segundo o Ministério da Saúde, o investimento no setor mais do que triplicou nos últimos oito anos. Foram investidos quase R$ 1,2 bilhão em 2010, valor bem acima dos R$ 327,85 milhões aplicados em 2003. 

Os transplantes de medula óssea também registraram um aumento significativo em 2010. Foram 1.531 procedimentos, um aumento de 74,38% se comparado com 2003, quando foram registrados 972 transplantes. 

O ministério atribui esse aumento no número de transplantes à grande expansão do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que registra dois milhões de doadores cadastrados, sendo o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, superado apenas pelos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e Alemanha (3 milhões de doadores).

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