A posse de Dilma Rousseff ao mais alto cargo do Executivo, o de Presidente da República, ganhou manchetes em todo o mundo neste sábado. Importantes veículos, como CNN, BBC, Wall Street Journal, El País, Le Monde e Clarín destacaram o evento solene e fizeram referências ao passado da presidente.
A versão on-line do jornal Los Angeles Times chamou Dilma de “ex-guerrilheira Marxista” e lembrou o alto índice de aprovação do agora ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que a meta da nova chefe de estado é manter a economia do Brasil em constante crescimento, além de erradicar a pobreza e criar empregos.
O periódico econômico Wall Street Journal não chegou a destacar o fato de Dilma ser a primeira mulher a comandar o Brasil em sua manchete, mas citou a condição no início de sua reportagem. Também fez um breve resumo da presidente citando seu passado como guerrilheira, prisioneira política e, mais recentemente, sobrevivente do câncer. A CNN chamou a atenção para a emoção do público que acompanhou, em Brasília, o evento e disse que muitos dos presentes testemunharam sua luta pela liberdade nos anos de ditadura. O site da TV americana mencionou ainda que Dilma é conhecida como “Joana d’Arc subversiva” e relembrou as torturas sofridas pela ativista de esquerda nos anos 60 e 70.
Na Europa
Na Europa, a posse ganhou repercussão nos sites da BBC, da Grã-Bretanha, no El País, da Espanha, e no francês Le Monde. A exemplo do que aconteceu na reportagem do Los Angeles Times, o veículo britânico também chamou a presidente de ex-guerrilheira Marxista. O El País destacou um recorte do discurso de Dilma, onde ela exalta a mulher brasileira, e chamou o ex-presidente Lula de mentor político. Já o Le Monde, destacou em sua manchete o desafio que será governar o país pelos próximos quatro anos e lembrou que a petista entra para a história como a primeira mulher a assumir o posto de Presidente da República no Brasil.
O vizinho Clarín, da Argentina, destacou a presença de chefes de estado internacionais na cerimônia de posse e disse que somente oito dos 25 ministros do atual governo continuarão em seus cargos.
No Oriente Médio, a Al Jazeera afirmou que o aspecto mais surpreendente do discurso de Dilma foi a homenagem feita às pessoas que foram presas e torturadas durante o regime militar, na década de 70. (Site de VEJA - Renata Honorato)
Por: Magno Martins
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