sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

The Economist: Brasil atrai mão de obra qualificada do exterior

"Onde um gerente experiente pode ganhar mais?", pergunta a revista britânica The Economist desta semana. A resposta vem logo em seguida: "no Brasil".
 
Uma pesquisa realizada pela Associação de Executive Search Consultants revelou que muitos executivos e diretores conseguem ganhar mais em São Paulo, a capital comercial do Brasil, do que em Nova York, Londres, Singapura ou Hong Kong (ver gráfico). A pesquisa leva em conta as gratificações. "Os bônus (hora-extra) no Brasil são generosos demais, o ruim são os impostos de folha de pagamento que estão entre os mais altos do mundo", diz David Braga, diretor de uma empresa no Brasil.

A reportagem destaca que um dos fatores é o forte crescimento de empregos aqui. A revista também considera o Brasil como um país onde o descompasso entre oferta e demanda é mais gritante por falta de mão de obra qualificada, o que abre as portas para estrangeiros. "Gestores com formação técnica são escassos no Brasil: grandes petrolíferas descobertas e planos de infraestrutura significam demanda crescente, mas o Brasil forma apenas 35 mil engenheiros por ano, contra 250 mil da Índia e 400 mil da China", afirma a revista.

A valorização do Real também contribui. "Mesmo em reais, a remuneração dos executivos está crescendo a dois dígitos por ano, diz Edilson Câmara da Egon Zehnder. Os gerentes mais experientes na China e na Índia estão colhendo ganhos semelhantes, mas a partir de uma base menor. "As multinacionais que executam operações latino-americanas de Miami, México ou Buenos Aires, na sua maioria, mudaram para São Paulo.

Para quem vem de fora, dominar o Português é um ponto negativo apontado pela reportagem. A alta taxa de criminalidade no País (São Paulo ainda possui uma taxa de homicídios quase o dobro de Nova York) também não atrai grandes gestores internacionais, destaca a revista. Tradução: Blog do Magno.

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