Areia Branca - Cohab I e II |
Num breve sussurrar
Ficamos a imaginar
Dos dias que se passaram
E esta terra a mudar
De um tempo das areais brancas
Que ficávamos a brincar
Destes que deram seu espaço
Pra o desenvolvimento passar
Quanta terra rica
Que de uma escuridão da seca
Esverdeada veio a ficar
Dando lugar ao que era seco
A fruticultura ficar
No bairro areia branca
Mas precisamente na Rua da Amorosa
Onde vivi minha infância
De muito tenho a lembrar
Desde a feirinha antiga
Ao campo que deu lugar ao bododrómo
Do hasteamento da bandeira defronte da Associação
E até dos para-quedistas que vinham de avião
Pra descer no aeroporto
Que deu lugar ao Centro de Convenção
Lembro-me dos dias de Domingo
Quando ficava a escutar
Léo Canhoto e Robertinho
Que Pelé nosso vizinho
Ficava a tocar
E logo vinha Roque Brabo
De novo a atirar
Seu Mariano, um homem cheio de invenção
Sempre pedia uma cerveja
E já sem olhar, enchia o copo até a risca
E sem derramar, saia pro lado de fora
E com seu óculos, acendia o cigarro
Que ficamos nós a clamar
“Ô homem inteligente”
Naquela época, policia era quase bicho
Pois sempre quando por lá aparecia um
Corríamos sem parar
Já nosso amigo Miguel
Soldado da policia, passamos a nos acostumar
Tínhamos o melhor São João de Rua
Deixando nós a se orgulhar
Daquela festa bonita que ficamos a dançar
Sempre o velho carteiro Jeová
Colocava o quentão
Nos pés da fogueira
Pra o clima esquentar
As casas da Areia Branca
Quando fomos morar
Tinham telhas “francesas”
Que aguentávamos subir lá
Podíamos correr e de lá pular
O pouco que não mudou
Foi mesmo o coração
Deste povo de um carinho
E de um imenso coração
Deixo aqui minhas lembranças
Ao amigos de infância
Da Rua da Amorosa
Lafaiete, George, Lenilson (falecido),
Ângelo, Emídio, Cianara, Luciana, Danilo e Charles
Escrito por Robson Patrício
Nenhum comentário:
Postar um comentário