quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Natal feliz: saiba como desejar boas festas com elegância

Profissionais devem recorrer a mensagens “neutras” na hora de felicitar colegas de outras religiões, diz especialista

No fim de ano, é comum as empresas enviarem cartões com mensagens de boas festas e decorar os escritórios com árvores de Natal. O que é muito natural: de acordo com os últimos dados sobre população e religião, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, 73,8% dos brasileiros dizem ser católicos, enquanto outros 15,4% se declararam protestantes. Ou seja, quase 90% dos brasileiros são cristãos e, de uma maneira ou de outra, celebram o nascimento de Cristo. Mas e os outros 10%? Existe algum cuidado especial para lidar com os colegas de trabalho não-cristãos nessa época do ano?
Para Ligia Marques, consultora de etiqueta corporativa e marketing pessoal, a dica mais importante para os profissionais é: “não exagere”. Segundo ela, isso quer dizer que o melhor é evitar “insistir muito no tema e querer catequizar” os outros. Na avaliação de Ligia, uma postura assim pode ferir a liberdade dos colegas.
Na opinião de Ligia, as companhias e os profissionais devem investir em mensagens com tons mais neutros ao felicitar funcionários, amigos ou colaboradores. “Não é um grande problema enviar um cartão de Natal, pois a data já extrapolou o significado original”, diz. “Mas (o remetente) pode enveredar por uma mensagem com conteúdo mais generalizado ou então que seja mais relacionado ao Ano Novo, sem entrar na questão religiosa.”
Fora essas recomendações, a consultora acredita que as mensagens de boas festas e Ano Novo são bem-vindas. “As pessoas sempre gostam de se sentirem lembradas”, diz Ligia.
Seguindo essa linha, ela dá mais uma dica para profissionais que querem fazer bonito com seus pares, chefes ou subordinados. “Acho bem interessante felicitar funcionários que tenham outras religiões em datas especiais”, afirma. Datas importantes de outras grandes religiões incluem o Rosh Hashanah (Ano Novo Judaico) ou a Hégira (Ano Novo Islâmico), que caem em dias diferentes a cada ano, pois essas tradições seguem calendários próprios. A sobriedade também é importante e a consultora diz que enviar um memorando lembrando a data é suficiente.
Gafes corporativas
Segundo Ligia, os maiores riscos desta época do ano são as festas de amigo secreto (comprar um presente caro e ganhar um barato, entre outras coisas) e as comemorações de fim de ano das empresas.
“Como a bebida é liberada, tem quem passe da conta e dê uma cantada na colega de trabalho. O pior é o dia seguinte, quando nenhum dos dois sabe como se comportar no escritório”, explica. “Trajes inadequados para a festa de fim de ano também podem pegar muito mal e comprometer carreiras.”

 

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