domingo, 1 de maio de 2011

Gente feliz trabalha melhor

Um trabalho bem feito precisa de um pouco mais do que conhecimento técnico específico – precisa de amor e boa vontade, precisa de jeito para fazer. Por isso uns são talhados para certos trabalhos, e outros não.
Gente feliz trabalha melhor

Denise Amaral

Existem pessoas extremamente mal humoradas espalhadas por aí. Seja qual for o trabalho que realizam, parece que passam o dia carregando pedras. Reclamam o tempo todo – de tudo e de todos. E acabam não fazendo direito o que elas têm para fazer. O relatório sai mal feito, a comida sai salgada, e se elas lidam com o público, acabam por passar aos outros uma sensação negativa capaz de desanimar até mesmo o mais otimista.

Um trabalho bem feito precisa de um pouco mais do que conhecimento técnico específico – precisa de amor e boa vontade, precisa de jeito para fazer. Por isso uns são talhados para certos trabalhos, e outros não. Há quem seja ótimo vendedor, enquanto outro não é capaz de vender nem mesmo água gelada no deserto. Há quem seja extremamente organizado e detalhista, enquanto outros não conseguem cumprir um prazo sequer. Há aqueles que se dão extremamente bem com o público, e há quem simplesmente não tem a menor paciência para ouvir alguém.

Escolher um trabalho é como escolher um caminho de vida, e nomear alguém para ocupar uma posição requer grande sensibilidade. Não podemos contratar uma pessoa apenas por aceitar o salário e as condições que oferecemos. É preciso buscar quem seja capaz de gostar daquilo que vai fazer, para que seus dias não se tornem um peso insuportável nem para ela, nem para os seus colegas. O problema que um indivíduo insatisfeito cria no ambiente de trabalho é enorme, e pode mesmo comprometer a qualidade da produção de toda a empresa.

O fato de alguém precisar trabalhar não significa necessariamente que queira, ou esteja apto, a desempenhar todos os papéis, freqüentar qualquer tipo de ambiente, conviver com todo tipo de profissionais. É preciso que uma empresa, ou departamento, funcione com harmonia – isso requer que todas as pessoas compartilhem não apenas objetivos, mas também concordem sobre a melhor forma de alcançá-los. Devem “falar a mesma língua”, buscar os mesmos resultados, valorizar as mesmas coisas. Para que se entendam, e encontrem uma forma de trabalhar juntas com resultados satisfatórios para todos.

Ninguém precisa de um colega que fique lembrando a todos, o tempo todo, de como está cansado, de como o trabalho é difícil, de como não tem seu esforço reconhecido... A vida não é fácil para ninguém, e até as posições mais importantes e mais glamorosas têm sua carga de responsabilidade e problemas, seus altos e baixos, e muitas dificuldades. Mas o fato de gostarmos daquilo que fazemos ajuda muito para que realizemos um trabalho bonito, que faça bem aos outros, ajude muita gente e seja reconhecido também. Pois todas as atividades, por mais simples que pareçam, são parte indispensável de um sucesso maior. Como uma máquina perfeita, onde todas as engrenagens se interligam, e permitem o resultado que é visível aos outros.

Cada um de nós tem um dom, um talento. E devemos descobrir como aplicá-lo com maiores efeitos e melhores resultados. Trabalhar, simplesmente, pode ser um peso grande demais para suportar. Amar aquilo que fazemos, no entanto, é o caminho certo para a nossa realização, e uma grande oportunidade de levarmos um pouco de alegria e bom humor a todos aqueles que compartilham nossos caminhos.

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• A autora é escritora, Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie, graduada em Teoria da Comunicação pela Universidade Mackenzie, pós-graduada em Teoria da Comunicação pela Fundação Cásper Líbero na área de comunicação e produtividade, consultora em Comunicação Empresarial e Relacionamento Profissional do Centro de Orientação, Atualização e Desenvolvimento Profissional (COAD) com mais de 450 artigos publicados. É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional.

Fonte Portal RH

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