quinta-feira, 26 de maio de 2011

Obama nega que Brasil e outros emergentes ameacem as grandes potências

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em Londres, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou hoje (25) em discurso que as grandes potências temam o crescimento econômico do Brasil, da China e da Índia. Obama disse que este crescimento cria novos mercados e oportunidades, sem ameaças à liderança existente no mundo. Segundo ele, Estados Unidos e Reino Unido não estão em decadência e servem como exemplos para os emergentes. O Brasil foi citado em dois momentos no discurso.

"Países como a China, o Brasil e a Índia estão crescendo rapidamente, criando oportunidades e mercados para as nossas nações. Também conseguiram tirar muitos da pobreza. Estas nações crescem porque se baseiam em princípios de mercado que os Estados Unidos e o Reino Unido sempre defenderam”, afirmou o presidente norte-americano no Parlamento Britânico, no segundo dia de visita à capital inglesa.

Em resposta aos que temem o crescimento dos emergentes, Obama tentou afastar o medo. “Há quem acredite que tal crescimento virá junto com a decadência inevitável da influência de nossos países no mundo. Há quem diga que essas nações são o futuro e nós, o passado, mas isso está errado. Esse argumento está errado. O tempo para a nossa liderança é agora", disse.

“As ameaças e os desafios exigem das nações que trabalhem em conjunto umas com as outras. Nós [norte-americanos e britânicos] continuamos a ser o maior catalisador para a ação global”, disse ele.

Obama ressaltou que os esforços globais devem priorizar a melhoria das expectativas de vida para “milhões que estão privados de direitos humanos básicos”. Segundo ele, o caminho ideal para alcançar essas pessoas é o do livre comércio. "Foi o que levou à Revolução Industrial, que começou nas fábricas de Manchester [no Reino Unido] e se estenderam para o resto do mundo estabelecendo uma nova ordem mundial”, ressaltou.

O presidente norte-americano acrescentou que a economia reflete a atuação dos Estados Unidos. “Vivemos em uma economia global que é, em grande parte, de nossa própria fabricação. Hoje, a competição pelos melhores empregos e indústrias favorece os países que são livres pensadores e progressistas, países que estimulam a criatividade, a inovação e o empreendedorismo”, disse ele.

Segundo Obama, os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido são parceiros na promoção da paz, da justiça e da prosperidade no mundo. De acordo com ele, a liberdade e a dignidade humana são os valores que regem as políticas dos dois países.

Edição: Vinicius Doria

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