Na certeza de que os dados indicam que a trajetória da inflação começa a mudar, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou-se otimista com o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, divulgado nesta sexta-feira (6/5) pelo IBGE. Guido Mantega fez avaliação numa rápida entrevista aos jornalistas na saída do prédio do Ministério da Fazenda.
“Estamos no chamado ponto de inflexão, ou seja, revertendo, num momento em que muda a inflação para baixo”, disse Mantega.
O IPCA passou de 0,79%, em março, para 0,77% em abril, de acordo com o instituto. Para o ministro, se o preço das commodities continuar a cair no mercado internacional, terá influência nos preços dos alimentos e combustíveis.
“O pior momento da inflação está passando e ficando para trás. Em abril e a partir de maio, os preços passarão a cair no Brasil de modo que a inflação estará sobre controle. Nós já poderemos respirar em maio, esperando uma inflação do IPCA em torno de 0,45% a 0,50%.”
O ministro destacou ainda que o IPCA -- sem considerar alguns alimentos cujos preços variam mais facilmente de preço -- passou de cerca de 0,70%, em março, para 0,52%, em abril.
Guido Mantega citou também outro indicador importante para mostrar a tendência de queda da inflação, o Índice Geral de Preços (IGP). “O IGP é importante porque ele é o precursor do IPCA. Ele é o índice no atacado, na produção, depois ele chega ao consumidor”, destacou.
A inflação segundo o IBGE
O IPCA de abril teve variação de 0,77%, muito próxima da taxa de março (0,79%). O acumulado em 2011 está em 3,23%, 0,58 ponto percentual acima da taxa relativa a igual período de 2010 (2,65%). Nos últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,51%, também acima dos 6,30% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2010 a taxa havia ficado em 0,57%.
A taxa dos alimentos foi de 0,58% em abril ante 0,75% de março, totalizando uma alta de 2,74% nos quatro primeiros meses do ano. Produtos importantes com preços em queda contribuíram para a redução do resultado do grupo no mês, a exemplo do tomate (-18,69%), do açúcar cristal (-2,68%), do arroz (-2,13%) e das carnes (-0,20%), entre outros.
Dentre os alimentos que tiveram aumento em abril, estão a batata inglesa (17,71%), o feijão carioca (9,79%), os ovos (4,41%), o leite pasteurizado (2,66%), a refeição fora do domicílio (1,25%) e o pão francês (0,54%).
Fonte Blog do Planalto
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