A água é um recurso natural de valor
inestimável. É essencial para a vida, por isso é necessário preservá-la.
Todos os seres vivos dependem dela para sobreviver e garantir a
permanência da espécie – a água sustenta a vida. Entretanto, apesar de
toda a sua importância, ela pode acabar, portanto, exige cuidados em
relação à quantidade de uso, a sua qualidade, suas fontes, sua
distribuição pelo planeta, além de planejamento e custeio de tratamento,
conservação e proteção.
Aproximadamente 70% da superfície
terrestre encontra-se coberta por água. No entanto, menos de 3% desse
volume é de água doce, cuja maior parte está concentrada em geleiras
(geleiras polares e neves das montanhas), restando uma pequena
porcentagem de águas superficiais para as atividades humanas.
Existe uma falsa idéia de que os
recursos hídricos são infinitos e com isso o desperdício de água cresce a
cada dia, o que poderá provocar futuramente um déficit em sua
quantidade, acarretando uma série de problemas. Onde estes irão afetar
não só aos homens, mas principalmente ao meio ambiente. Portanto, cabe a
cada um de nós fazer a nossa parte e conscientizarmos as outras pessoas
sobre o uso correto e a preservação da água, para que as gerações
presentes e futuras não venham sofrer com a escassez deste recurso
renovável, porém limitado.
O Brasil é um país privilegiado em
relação à disponibilidade de água, detém 53% do manancial de água doce
disponível na América do Sul e possui o maior rio do planeta (rio
Amazonas). Os climas equatorial, tropical e subtropical que atuam sobre o
território, proporcionam elevados índices pluviométricos. No entanto,
mesmo com grande disponibilidade de recursos hídricos, o país sofre com a
escassez de água potável em alguns lugares. A água doce disponível no
território brasileiro está irregularmente distribuída: aproximadamente,
72% dos mananciais estão presentes na região amazônica, restando 27% na
região Centro-Sul e apenas 1% na região Nordeste do país.
Além de ser essencial aos organismos
vivos, a água tem outras diversas funções no planeta: produz energia
elétrica, irriga os campos, facilita as comunicações por via marítima,
fluvial e lacustre e, participa como matéria-prima ou de processamento
nas atividades industriais. Desperdiçar água hoje é motivo de guerra,
preservá-la é motivo de paz. Só uma ação conjunta é que nos levará a
contornar essa situação. Por tudo isso, a água merece o maior respeito
por parte da humanidade. Depende de nós!
O desrespeito das autoridades,
principalmente dos países industrializados, o chamado “Primeiro Mundo”,
com o meio ambiente, fizeram-me apresentar na conclusão do Curso de
Jornalismo, na UniCEUB de Brasília, em 2004, uma monografia denominada,
AGUA: UM BEM FINITO.
O aquecimento global está diminuindo
significativamente a oferta de alimentos em muitos países e, aumentando o
número de famintos no mundo. Outro grande problema ambiental é o
desmatamento. As florestas são valiosas ecológica e economicamente, em
lugares como as florestas boreais do distante oriente da Rússia, as
terras baixas de Sumatra, as selvas tropicais da Amazônia e o Congo.
Essa maravilha desaparece rapidamente devido à poda madeireira ilegal e a
agricultura.
Também enfrentamos hoje uma grave crise
de falta de água que afeta mais de dois bilhões de pessoas no mundo,
requer políticas urgentes para melhorar o acesso e garantir o recurso no
planeta. A falta de água pode causar conflitos entre famílias e até
guerras e graves crises sociais, como já se vê nos subúrbios urbanos.
A água é um elemento tão fundamental a
vida humana que em muitos casos o conflito se torna uma oportunidade de
melhora. No Oriente Médio, existem estudos que demonstram que os
palestinos e israelenses em nível político não concordam, mas quando se
fala de água, conseguem sentar juntos. Então, o recurso água talvez
possa ser uma oportunidade de transformar o conflito em uma capacidade
de solução e união.
A água é um bem social e
fundamentalmente econômico. Entretanto, passaram-se 20 anos e quase
nenhum governo levou a sério o assunto, só fizeram isso em 2002, quando
os governos, pelo menos em nível de consciência, reconheceram que para
falar de desenvolvimento sustentável, primeiro tinham que falar sobre o
problema de gerência do recurso água. Há algumas perspectivas que dizem
que o ponto crítico será por volta de 2050. Se não fizermos algo,
chegará a um ponto em que haverá uma proporção bastante grande de países
com uma crise muito difícil. No último encontro sobre a água realizado
em Johanesburgo, em 2002, os países fixaram 2005 como data limite para
elaborar um plano de gerência integral dos recursos hídricos, mas até o
momento, as metas não foram cumpridas.
Que em Março, mês que se comemora o Dia
Mundial da Água, todos nós, possamos fazer uma reflexão: a água é um
importante bem, mas é finito.
Gonzaga Patriota é
Contador, Advogado, Administrador de Empresas e Jornalista. Pós-graduado
em Ciência Política e Mestre em Ciência Política e Políticas Públicas e
Governo. É Doutorando em Direito Civil, pela Universidade Federal de
Buenos Aires – Argentina e Deputado desde 1982.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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