A ruptura da Frente Popular por Pernambuco, conduzida pelo
governador Eduardo Campos (PSB) já teve início. As fraturas podem ser vistas em
vários municípios onde os aliados viviam harmoniosos casamentos. É o caso de
Olinda, de Petrolina e, agora, de Camaragibe.
Lá, naquela cidade da Região Metropolitana do Recife (RMR), o PT
entregou todos os cargos das duas secretarias que ocupava (Esporte e Fundação
de Cultura) e rompeu definitivamente com o prefeito João Lemos (PCdoB). Avisou
que segue agora com a candidatura da ex-deputada Nadegi Queiroz, recém-filiada
ao PT.
“Vamos seguir sozinhos”, avisou Daniel Passos, da executiva
municipal do PT de Camaragibe. Ele explicou que a legenda discorda da forma
como o prefeito João Lemos vem conduzindo o processo eleitoral para o próximo
ano. “Ele quer impor uma candidatura do PR de um vereador desconhecido. Nós
temos um nome forte, qualificado”, considerou Daniel. Em Camaragibe, o PT vai
disputar, além do PCdoB, com o PSB de Eduardo. Ainda há a candidatura do PSDB como
alternativa de oposição.
O deputado Luciano Siqueira (PCdoB) tentou minimizar os efeitos
da ruptura. Ele disse não acreditar que o caso de Camaragibe venha destruir a
unidade da Frente. Ressaltou que o momento é de agitação natural e de ensaios e
pediu calma aos companheiros. Alertou, porém, para as consequências que o
processo pode trazer para as eleições de 2014.
“Há certa ansiedade da parte de alguns, mas a gente vai examinar
com muita paciência. Estamos nos aproximando do grande desafio que é a eleição
de 2012 e não podemos acumular sequelas para 2014”,considerou Luciano. Ele
ainda colocou que a unidade tem dado certo e tem sido importante para
Pernambuco. “Ela é formada por 18 partidos, sendo impossível caminhar todos
juntos, em todos os municípios”.
Diário do Congresso
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