Alessandra Patrício |
Porque
entrar na vida pública?
Para
aqueles que participam diariamente e sentimentalmente no seio da sociedade
real, tal pergunta torna-se redundante. Nós, pessoas que atuamos diretamente
com o povo, sabemos que as questões sociais ainda precisam ser arrumadas, por
exemplo: Quando as pessoas precisam sair de casa às 4h 30min da madrugada e
chegar às 19h da noite e não saber se seu filho comeu, foi à escola, com quem
falou, andou e principalmente o que aprendeu de novo, será que foi ruim ou benéfico
para seu futuro desta criança?
Essa
é a clientela que convivo no dia a dia, e que a instituição tem que fazer o
papel de pai e de mãe, porque os pais estão no trabalho tentando conseguir o “pão
nosso de cada dia” e não sobra tempo para tais ações.
Anos
após anos acumulam-se a desigualdade social e vai alargar-se mais ainda se o
próprio povo não atentar-se que isso precisa mudar. O Governo implanta
programas sociais que tentam sanar tais situações, porém, a consciência de
crescimento pessoal e social não pode aparecer somente dos governantes, mais
sim de um povo atuante, esclarecido e munidos de ideias que possam vir a contribuir
com as mudanças necessárias na sociedade em que vivemos.
É
real, que alguns pais levam os filhos à escola para conseguir pelo menos uma
refeição por dia e a esperança de que o futuro do seu filho não seja igual ao
seu; choram quando não tem o remédio, o exame, o atendimento dentário, ou seja,
uma vida saudável.
Nossa
sociedade não almeja o castelo do Rei, mas a qualidade de vida e ter igualdade
de oportunidades.
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