A
previsão climática apontada pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INMET)
para o trimestre de fevereiro a abril de 2012 deixa as famílias
agricultoras e organizações de apoio em estado de alerta. De acordo com
as estimativas, neste período as chuvas ficarão abaixo da média no norte
do nordeste brasileiro.
Com
os baixos índices de chuva o agricultor/a terão que se planejar para
conviver com a escassez de água, que pode ser maior que a de 2011. A
notícia foi dada no último dia 25 de janeiro, por meio da carta circular
nº 26 sobre a previsão de el niño/ la niña e a estação de chuva de 2012
para entidades e produtores/as no semiárido brasileiro.
“Esta mudança deve-se à irregularidade das chuvas no Nordeste, causada
pelos vários fatores que influenciam o nosso clima. Quando existe La
Niña, tem normalmente mais chuva no Nordeste, mas desta vez os efeitos
de La Niña são anulados, porque as águas próximas à costa da América do
Sul são anormalmente quentes, o que diminui as chuvas no Norte do
Nordeste”, explica o colaborador do Instituto Regional da Pequena
Agropecuária Apropriada (IRPAA), João Gnadlinger.
Para
auxiliar as famílias agricultoras a conviverem com essa realidade, o
Caatinga vai reforçar a lógica da convivência com o semiárido, e
orientá-las a plantar cultivos mais resistentes à seca como o sorgo,
palma e feijão e estocar os alimentos para nutrir a família e os animais
no período de estiagem. Além disso, é importante estocar também plantas
da caatinga e a água das chuvas que virão como também, cobrar dos
órgãos competentes políticas públicas no sentido de apoiar os
agricultores/as.
O
Coordenador Geral do Caatinga, Paulo Pedro de Carvalho, lembra que isso
é uma previsão, mas que a instituição vai fortalecer o apoio as
famílias e unir-se a outras organizações da sociedade civil para
conviver com essa possível realidade. “A nossa torcida é para que a
previsão não se confirme, mas se acontecer a gente precisa se articular,
pois o nosso papel é ajudar as famílias a atravessar esse período
difícil de pouca chuva”, ressalta.
Embora
as previsões de chuva tenham mudado segundo a CPTEC/INMET as
temperaturas devem estar dentro da normalidade, no decorrer deste
trimestre, na maior parte do Brasil. Em relatório publicado no final de
2011, estimava-se que havia a probabilidade de 40% das chuvas ocorrerem
na categoria normal e 35% na categoria acima da faixa normal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário