O
“laranja” estatal
Definido
como sede da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, o Brasil foi
inundado por uma vaga de propaganda patriótica. No entanto, por trás dessa onda
de justo júbilo do povo brasileiro, o governo Lula e sua base aliada, sobretudo
o condomínio do Ministério do Esporte, sob a guarda inicial de Agnelo Queiroz e
posteriormente Orlando Dias, ambos do PC do B urdindo “tenebrosas transações”
que levaram a exoneração, na raiz de um escândalo nacional, o último deles.
Era
antiga a desconfiança dessa parceria PCdoB/Esportes e que vinha do acontecido
com o Pan, realizado no Rio de Janeiro, em 2007, cujo orçamento inicial era de
R$ 386 milhões, e que terminou custando algo em torno de R$ 5 bilhões.
Esse
descalabro foi devidamente denunciado pelo Tribunal de Contas da União - TCU,
envolvendo as três esferas de governo, pois tanto o poder municipal e estadual
como a administração federal estavam envolvidos nesse escândalo de desvios de
verbas.
Se
isso aconteceu com a construção de uma mera vila olímpica, para uma competição
intercontinental, imagine-se o que não acontece com a construção de inúmeros
estádios e a necessária infraestrutura para viabilizar uma Copa do Mundo e uma
Olimpíada? O jornal O Estado de S.Paulo, em sua edição do último dia 30, dá-nos
uma boa ideia de como funciona o governo do PT, por meio de uma reportagem que
denuncia a malversação de dinheiro público.
Essa reportagem informou que o Ministério do Esporte pagou R$ 4,65 milhões, sem licitação, para a Fundação Instituto de Administração (FIA) ajudar na criação de uma estatal que foi extinta antes de funcionar! A criação, só no papel, da Empresa Brasileira de Legado Esportivo Brasil 2016 durou um ano.
Mesmo depois de decidido que seria liquidada, ainda assim a FIA recebeu R$ 1 milhão, as quatro últimas parcelas graças a dois aditivos ao contrato, firmado em 2010.
E
mais grave: para mostrar o total desrespeito com a coisa pública desse governo,
a referida empresa estatal por não ter CNPJ, ficou “impedida de cumprir com
suas obrigações tributárias”. Ou seja, não pagou impostos, conforme nota
emitida por auditores independentes que acompanharam o balanço.
Algo
semelhante observa-se em todos os ministérios que tenham agências empresas ou
estatais.
Sua
utilização, exclusivamente em benefício do condomínio de poder que se instalou
no governo Lula/Dilma para administrar os interesses partidários e/ou
particulares de seus “chefes”, como acabamos de constatar no Dnocs, ligado ao
Ministério do Interior, ou o que vem ocorrendo no interior da Petrobras, ligada
ao Ministério das Minas e Energia.
Em
toda parte, o que se observa é a manutenção das novas e velhas oligarquias com
o auxílio luxuoso dos governos do PT, logo depois das denúncias do “mensalão”,
quando se adotou a estratégia de consolidar sua base parlamentar, oferecendo,
para tanto, a estrutura estatal, transformada em um condomínio das forças
aliadas, sob a administração da Casa Civil.
Assim,
o Brasil não é apenas o país da jabuticaba.
O
governo do lulopetismo deu à luz um novo “instituto jurídico”.
Além
da pessoa física e pessoa jurídica, temos a pessoa cítrica, o “laranja”, do
nosso desconforto moral, escoadouro dos desvios de verbas públicas, nos
escaninhos de nossa estrutura estatal.
Roberto Freire,
Presidente do PPS
Presidente do PPS
Fonte Brasil Econômico
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