Por Patrícia Bispo para o RH.com.br
Pessoas. Uma palavra tão simples e de entonação tão leve, mas que na
sua essência é sinônimo de uma complexidade imensurável de
comportamentos que nem sempre estão nos padrões esperados e que resultam
em situações de discordância, muitas vezes são causadas por motivos
irrelevantes. Tanto na vida pessoal quanto profissional, os conflitos
entre os seres humanos sempre existirão, pois não existe um padrão que
faça com que todos os indivíduos apresentem os mesmos estímulos a
determinados fatos, sem mencionar que somos uma enorme caixa de
surpresas quando nos reportamos à esfera dos sentimentos.
Se os conflitos fazem parte da vida, cabe a nós administrá-los para que esses não ganhem proporções indesejáveis e, muito menos, gerem fatos que causem sérios problemas. Quando um momento de discórdia surfe no ambiente organizacional, por exemplo, cabe ao líder o papel de encontrar a solução mais rápida e eficaz antes que o clima seja prejudicado e todos os membros da equipe sejam envolvidos. Seguem abaixo atitudes que nunca devem ser adoradas por uma liderança, diante um momento de conflito.
1 - "Vista grossa" diante do fato e acreditar que
tudo vai se resolver entre os funcionários, como se fosse uma
"briguinha" entre crianças. Registre-se aqui que a liderança não deve
neutralizar os momentos em que os liderados apresentam opiniões
divergentes, mas sim situações em que os ânimos tornam-se pouco
amigáveis no dia a dia e chegam a prejudicar, inclusive, a própria
equipe.
2 - Ignorar os sinais comportamentais que a equipe
expressa quando um conflito faz-se presente no ambiente de trabalho.
Isso pode ser perceptível quando os membros do time comunicativos passam
a ficar retraídos, com o semblante de preocupação. Se isso ocorrer,
algo está no "ar" e precisa ser constatado.
3 - Jogar a responsabilidade de lidar com a situação
para terceiros. Ou seja, pedir que um subordinado faça seu papel ou
mesmo o "meio de campo" para acalmar os ânimos das partes envolvidas no
conflito. Uma atitude dessas só envolve mais um membro da equipe e o
deixa em uma situação muito delicada diante dos colegas de trabalho.
4 - Por mais afinidade que o líder tenha uma das
partes envolvidas, nunca deve ser parcial e tomar "partido". É
fundamental ser estritamente profissional nesses momentos e utilizar a
inteligência emocional, principalmente se o fato exigir a tomada de uma
decisão mais rigorosa.
5 - Postergar a conversa com as partes envolvidas no
conflito só fará o problema virar uma "bola de neve" e ganhe proporções
que talvez façam "estragos" ainda maiores.
6 - Não ouvir os dois lados envolvidos com a mesma
abertura pertinente a uma liderança. Se isso acontecer, a própria imagem
do líder será prejudicada diante dos demais membros da sua equipe.
7 - Deixar de estimular o diálogo entre as pessoas
ligadas diretamente à situação conflitante. Em muitos casos, os
conflitos surgem a partir de um mal entendido e uma conversa franca pode
podar arestas indesejáveis, que servem de verdadeiros espinhos entre as
pessoas.
8 - Mostra-se inseguro diante dos fatos e tomar uma
decisão precipitada, influenciado pela vontade de ver o término do
conflito entre os subordinados. O líder que age dessa forma pede para
correr em cima de cerâmica molhada.
9 - Perder a oportunidade de expor seu
posicionamento como líder, para as partes envolvidas no conflito.
Diga-se de passagem, isso não deve ser considerado um "puxão de
orelhas", mas um feedback diante de um momento delicado e que pode ser vivenciado por qualquer profissional.
10 - Não promover um diálogo com todos os membros da
equipe, após o conflito ter sido solucionado e quando o fato prejudica,
principalmente, o clima organizacional. A liderança deve enfatizar que
sempre estará pronta a ouvir qualquer colaborador, caso surja um fato
que venha a criar uma situação conflitante. Como diz o ditado popular:
"É melhor prevenir do que remediar".
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