A base de uma empresa de sucesso sempre estará centrada em equipes
comprometidas. Mas para que isso ocorra, é indispensável a presença de
lideranças que detenham não apenas competências técnicas, como também
comportamentais. Isso porque o líder torna-se o porta-voz da organização
junto aos demais colaboradores, tornando a comunicação interna eficaz,
criando um espaço propício para a melhoria do desempenho do capital
humano.
No Grupo GR - organização que atua no segmento de segurança
patrimonial, por exemplo, desde 2011 a companhia adotou novas ações com
foco nas estratégias de gestão e sucessão para o futuro corporativo. Um
dos resultados desse investimento foi a criação do Programa de
Desenvolvimento de Gerentes (PDG) que possui como objetivos: desenvolver
competências de gestão ; oferecer ferramentas para que os gerentes
possam desempenhar melhor seus papeis no dia a dia; além de formar
sucessores para cargos mais altos.
De acordo com Flávia Herdeiro, diretora de Recursos Humanos do Grupo
GR, o primeiro passo dado para implantar o programa ocorreu em 2010,
quando ocorreu a definição das competencias que necessitavam ser
desenvolvidas e o público-alvo que deveria ser ser atendido. "Em seguida
desenhamos o conteúdo que o programa deveria contemplar. Depois
buscamos um parceiro externo para desenvolver e aplicar o conteúdo. A
partir daí foi só implementação logística, um pouco complicada, em
função de alguns gerentes de unidades localizadas fora do Estado de São
Paulo não poderem estar presentes", pontua.
Quando indagada sobre o motivo que levou a empresa a firmar parcerias
com consultorias externas, a diretora de RH explica que isso ocorreu
porque além de trazer práticas modernas em metodologia de treinamentos, o
objetivo de atuar nessa linha de trabalho foi o de colocar um agente
isento no processo para passar conceitos e informações. Flávia Herdeiro
argumenta que não seria viável, por exemplo, convidar um instrutor de
treinamento interno para ensinar técnicas aos seus pares, porque isso
não faria sentido algum e comprometeria o êxito da proposta. Vale
ressaltar que o gerente de treinamento também precisava de
desenvolvimento e, por essa razão, também fez parte do grupo de
treinandos.
O PDG é coordenado exclusivamente pelo departamento de Recursos
Humanos. No entanto, os diretores de outras áreas opinaram no momento da
elaboração do programa, enfatizando as competências que acreditavam que
ser necessárias e desenvolvidas nos gerentes de suas respectivas
áreas. Dentro desse contexto, o Grupo GR decidiu que quatro competências
comportamentais deveriam integrar o Programa de Desenvolvimento de
Gerentes: Gestão de Pessoas; Liderança; Solução de Problemas;
Comunicação.
Cronograma - Segundo
Flávia Herdeiro, o cronograma do Programa de Desenvolvimento de
Gerentes é estabelecido e imediatamente divulgado assim que a iniciativa
começa, para que os participantes possam organizar suas agendas com
antecedencia e estarem presentes a todas às atividades. "A cada módulo o
conteúdo a ser ministrado é revisado pela consultoria e pela diretoria
de RH que valida tudo.
Logo após cada módulo é elaborador um relatório de aproveitamento que inclui: presenças e absorção de conteúdo pelos participantes. Antes do início da aula os participantes respondem a um questionario para medirmos seu conhecimento sobre o assunto. Ao final do dia também realizamos essa avaliação. Assim conseguimos aferir quanto o conteúdo foi assimilado", sintetiza a diretora de RH do Grupo GR.
Resistência ao novo - Apesar
da proposta do PDG visar o desenvolvimento dos gerentes, alguns
apresentaram certa resistência às mudanças, uma vez que mexeria
diretamente com a zona de conforto de cada um deles. "A maior
dificuldade que enfrentamos foi convencer os gestores a comprarem a
ideia de que eles necessitavam do treinamento.
No início do programa, a visão era de que eles estariam perdendo
tempo em sala de aula. Aos poucos, à medida que foram absorvendo os
conceitos, foram entendendo que ralmente precisavam, começaram a
aproveitar o conteúdo oferecido", comemora Flávia Herdeiro, ao sinalizar
que hoje muitos dos gerentes já manifestam, por iniciativa própria, a
vontade de participarem das próximas edições do programa.
Retorno do PDG - Depois de sua implantação, não demorou para o Programa de Desenvolvimento de Gerentes apresentar resultados para a organização. Dentre os benefícios diretos destaca-se, principalmente, o entendimento de conceitos valiosos que podem ser usados no dia a dia da organização. Indiretamente, ocorreram ainda ganhos nos relacionamentos entre os gerentes que tiveram encontros e reflexões conjuntas que, certamente, renderão frutos positivos para o Grupo GR.
Retorno do PDG - Depois de sua implantação, não demorou para o Programa de Desenvolvimento de Gerentes apresentar resultados para a organização. Dentre os benefícios diretos destaca-se, principalmente, o entendimento de conceitos valiosos que podem ser usados no dia a dia da organização. Indiretamente, ocorreram ainda ganhos nos relacionamentos entre os gerentes que tiveram encontros e reflexões conjuntas que, certamente, renderão frutos positivos para o Grupo GR.
Por fim, Flávia Herdeiro enfaiza que ações como o Programa de
Desenvolvimento para Gerentes torna-se fundamental para a Gestão de
Pessoas, pois não é possível acreditar que as pessoas possam ter um
número alto de acertos em sem que tenham sido preparadas para fazê-los.
"O modelo do gestor empírico até se sustenta, mas exitem limites de
resultado e de tempo. Se quisermos sucessores com qualidade técnica,
conhecimento da empresa e do negócio e capazes de agregar valor, temos
que dar condições para que esses profissionais sejam bons gestores de
pessoas. Essa é a chave do sucesso, conclui.
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