Por Robson Patrício, Tecnólogo em Gestão de RH e Policial Militar de Pernambuco.
Por
algum tempo vemos uma enxurrada de exigência aos motoristas profissionais,
desde qualificação profissional, exames periódicos de testes de alcoolemia e psicológicos,
trazendo para o profissional a responsabilidade de exercer sua atividade de
forma mais confiável pelo cliente final, seja ele na condução de passageiro ou no
transporte de cargas.
Com
isto nota-se que o congresso legisla leis que traduzem a expectativa do cidadão
que é atendido pelo profissional e esquecem-se dos facilitadores para estes
profissionais que se dedicam a conduzir muitas vezes, vidas e não são
valorizados.
É
importante sabermos que as empresas de transportes buscam a redução de gastos
para aumentar lucros, o que é natural, inconcebível é saber que os baixos salários
são desmotivadores da profissão de motorista e causador de empregos extras
pelos profissionais que estão em exercício para garantir uma melhor qualidade
social e sustento de suas famílias.
Sou
filho de ex-motorista profissional, fui criado vendo meu pai sair de casa e ao
chegar ser obrigado a retornar para assumir outra viagem, vi meu pai chegar em
casa e muitas vezes lamentar o falecimento de velhos amigos em acidentes automobilísticos,
o que depois de tantos lamentos, resolveu abandonar a estrada pela falta de
respeito com o profissional e pelo alto risco envolvido na profissão; costumo
viajar e percebo as “barbeiragens” cometidas por motoristas imprudentes que
ultrapassam em subidas ou curvas e sem nenhuma preocupação colocam a vida de
outros em risco, agora imaginem quem diariamente sobrevive dirigindo nas vias!
Diante
disto, o que preocupa são as condições de trabalho que este profissional tem
sido exposto, com garantias mínimas e com muitos desmotivadores para os futuros
motoristas profissionais, o que seria um desastre o fim desta profissão, pois
observamos que algumas profissões, com o desenvolvimento tecnológico rápido,
vêm sendo extintos e não poderíamos ver tal profissão sumir e trazer um caos no
desenvolvimento econômico de nosso país.
Precisamos
de aumento de Policiamento Rodoviário nas estradas Estaduais e Federais com
foco no apoio aos profissionais que estão na estrada diuturnamente e na
repreensão de drogas, assaltos e fiscalização aos motoristas imprudentes,
colocar regras mais objetivas na expedição de CNH, pois hoje o que vemos é um
motorista que aprende a dirigir dentro de um pequeno pátio com exercícios simples
e após esta autorizada a circular sem ao menos saber dirigir, isto é algo
simples de se constatar com uma simples pesquisas nas ruas para se perceber que
muito são habilitados e sequer sabem dirigir um veículo ou motocicleta, devemos
ter mais cuidado na hora de habilitar um cidadão, já diz a fala popular, “um
carro, uma arma na mão de quem não sabe dirigir ou se é imprudente”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário