terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Profissão Motorista, valorização ou fim de mais uma profissão.



Por Robson Patrício, Tecnólogo em Gestão de RH e Policial Militar de Pernambuco.   
 
Por algum tempo vemos uma enxurrada de exigência aos motoristas profissionais, desde qualificação profissional, exames periódicos de testes de alcoolemia e psicológicos, trazendo para o profissional a responsabilidade de exercer sua atividade de forma mais confiável pelo cliente final, seja ele na condução de passageiro ou no transporte de cargas.
Com isto nota-se que o congresso legisla leis que traduzem a expectativa do cidadão que é atendido pelo profissional e esquecem-se dos facilitadores para estes profissionais que se dedicam a conduzir muitas vezes, vidas e não são valorizados.
É importante sabermos que as empresas de transportes buscam a redução de gastos para aumentar lucros, o que é natural, inconcebível é saber que os baixos salários são desmotivadores da profissão de motorista e causador de empregos extras pelos profissionais que estão em exercício para garantir uma melhor qualidade social e sustento de suas famílias.
Sou filho de ex-motorista profissional, fui criado vendo meu pai sair de casa e ao chegar ser obrigado a retornar para assumir outra viagem, vi meu pai chegar em casa e muitas vezes lamentar o falecimento de velhos amigos em acidentes automobilísticos, o que depois de tantos lamentos, resolveu abandonar a estrada pela falta de respeito com o profissional e pelo alto risco envolvido na profissão; costumo viajar e percebo as “barbeiragens” cometidas por motoristas imprudentes que ultrapassam em subidas ou curvas e sem nenhuma preocupação colocam a vida de outros em risco, agora imaginem quem diariamente sobrevive dirigindo nas vias!
Diante disto, o que preocupa são as condições de trabalho que este profissional tem sido exposto, com garantias mínimas e com muitos desmotivadores para os futuros motoristas profissionais, o que seria um desastre o fim desta profissão, pois observamos que algumas profissões, com o desenvolvimento tecnológico rápido, vêm sendo extintos e não poderíamos ver tal profissão sumir e trazer um caos no desenvolvimento econômico de nosso país.
Precisamos de aumento de Policiamento Rodoviário nas estradas Estaduais e Federais com foco no apoio aos profissionais que estão na estrada diuturnamente e na repreensão de drogas, assaltos e fiscalização aos motoristas imprudentes, colocar regras mais objetivas na expedição de CNH, pois hoje o que vemos é um motorista que aprende a dirigir dentro de um pequeno pátio com exercícios simples e após esta autorizada a circular sem ao menos saber dirigir, isto é algo simples de se constatar com uma simples pesquisas nas ruas para se perceber que muito são habilitados e sequer sabem dirigir um veículo ou motocicleta, devemos ter mais cuidado na hora de habilitar um cidadão, já diz a fala popular, “um carro, uma arma na mão de quem não sabe dirigir ou se é imprudente”.

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